Quando olho aquela foto dos negros comemorando a LEI MALFEITA DE ISABEL, fico imaginando: tanta comemoração pela Lei Áurea durante o dia e quando chegou a noite para onde foram os negros e negras?
Sem terra, sem teto, iniciaram seus movimentos de luta, subiram os morros e aqui estamos nós, os descendentes daquela turma, os favelados, meninos e meninas de rua, analfabetos e os escravos de carteira assinada!
Dia da Libertação dos Escravos é mesmo o 20 de Novembro: nos libertamos quando olhamos o exemplo de Zumbi, guerreiro do povo negro; nos libertamos quando tomamos consciência de que somos iguais, mas por causa das injustiças praticadas contra nosso povo durantes séculos nos fizeram diferentes: para chegar na equidade, os diferentes devem ser tratados de modo diferente, por isso somos defensores de políticas afirmativas para o povo negro, a exemplo das cotas para negros e negras nas universidades.
Um jovem negro teve um objeto roubado aqui em nossa região. Ele me contou que a polícia encontrou, mas os policiais queriam dele uma 'recompensa' para que ele pudesse reaver o objeto.
Ele foi tratado assim porque tem pouca instrução. Tem pouca instrução porque é pobre. É pobre porque é negro. A pobreza no Brasil tem idade e cor: é jovem e é negra.
Precisamos pensar o país para os próximos anos. Pensando a partir da cidade. E como Mata de São João é gente primeiro, pensar nas pessoas que vivem aqui, na nossa juventude. Quais oportunidades e caminhos estão sendo oferecidos à nossa juventude?
Defendo que haja em nós vontade, compromisso e competência para formular políticas para os próximos anos. Não dá pra ficar focado apenas em eleições, é preciso fazer um debate e um planejamento mais amplo.
Ações afirmativas para a juventude negra.
Viva povo negro. Viva povo matense. Brava gente brasileira!

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Ricardo Matense