Por Ariovaldo Ramos
A paixão de Cristo foi a demonstração, na história, limitada pelas dimensões da história, do que aconteceu, por necessidade, antes da história. A paixão de Cristo demonstra, limitada pela história, o castigo que a Justiça impôs a Deus, a comunidade eterna, por decidir perdoar o transgressor. Custou muito mais caro do que na história se pôde demonstrar.
A paixão de Cristo fala do custo do perdão. Nenhuma das criaturas perdoadas tem o direito de não perdoar. Todo perdão que é proferido está incluso na conta que Cristo pagou e que sua paixão demonstrou.
Porque tudo o que necessita de perdão é suficiente para que a existência sofra solução de continuidade, porque fere a Justiça. Justiça não é um "deus", é uma demanda ética da qual o Deus triúno, por força do seu caráter, não pode se furtar.
Sem a paixão de Cristo nenhum perdão poderia ser proferido. Por causa do demonstrado pela paixão de Cristo nenhum perdão pode deixar de ser proferido.
Não é mais a justiça que norteia o relacionamento entre as criaturas que foram perdoadas. Nem é mais a justiça que norteia o relacionamento entre Deus e as criaturas que perdoou.
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